quinta-feira, 28 de junho de 2007

O Estado se faz presente.

Jovens,

Ontem no Rio de Janeiro tivemos uma operação policial jamais vista na cidade. Mil e duzentos policiais (o BOPE, a CORE, dentre outros) com o apoio de cento e cinquenta membros da FNS, fizeram um grande cerco ao Complexo do Alemão, que acarretou em confronto direto entre bandidos e polícia, resultando em 18 mortes (segundo a polícia todos eram bandidos) e 11 feridos por balas perdidas.

Quem pode acompanhar a cobertura da mídia certamente se impressionou com o comboio de carros estacionados ao longo das vias que levam ao conjunto de favelas, denominado: Complexo do Alemão.



Essa foi uma BELA resposta da cúpula da polícia, frente ás imagens que foram mostradas a poucos dias de bandidos "rindo e dançando" para os membros da FNS que realizam a mais de um mês, o cerco ás favelas.


É mais do que óbvio que confronto entre bandidos e policiais iriam acontecer, e que infelizmente pessoas inocentes poderíam acabar "participando" do confronto, porém, acredito que essa é uma das respostas (não a única, que fique bem claro) que o governo pode dar a sociedade, e que respostas como essa fossem direcionadas não apenas as comunidades carentes, mas a todos que contribuem -direta ou indiretamente- para essa "guerra civil" por que passa o Rio de Janeiro, esteja o responsável no Complexo do Alemão, ou em um duplex na Vieira Souto.



Ouvi ontem um especialista em segurança (atrás de sua mesa de madeira, lustrada com algum óleo de peroba de boa qualidade) dizer que as operações da polícia deveriam utilizar a inteligência, e não o confronto... Ora, infiltrar atiradores de elite em locais estratégicos um dia antes da operação não seria um ato de inteligência? Posicionar forças operacionais em locais estratégicos não seriam ações inteligentes? Apreender armas, munições, drogas, rádios, além de outros objetos não seriam oriundos de ações inteligentes? Utilizar um "mix" de polícias (militar, civil e FNS) não seria uma ação inteligente?

Se essa não foi uma operação inteligente, fica difícil saber qual seria uma operação inteligente.

O fato é que o combate deve ocorrer sim, porém, o Estado deve mostrar que não é APENAS utilizando a força que ele vai conseguir acabar com esse granadissíssimo problema.

Educação, saúde, emprego, e integração do "morro - asfalto" devem ser prioridades do Estado para com a população, não só do Rio de Janeiro, mas do Brasil.

O morro e o asfalto, em uníssono, agradecem.

3 comentários:

Anônimo disse...

fogo no ** dos bandidos!

Anônimo disse...

Muito bom Aranha! Belo ost, idéias uníssonas ao do Diário de um PM. Tem o meu apoio.
Abraço!

Anônimo disse...

Valeu Alexandre!

Fico feliz que tenha gostado, pois você e seu blog sem dúvida foi um dos fatores que me incentivaram a criar o Parabellum!

Grande abraço, e obrigado!

Aranha